Portugal carimbou o passaporte para a fase final do UEFA EURO 2008™, ao empatar a zero com a Finlândia no último jogo do Grupo A, numa partida realizada no Estádio do Dragão que contou com a presença d de 49000 espectadores.
A estreia de Pepe
A necessitar de apenas um ponto para atingir o principal objectivo, o Seleccionador Nacional, Luiz Felipe Scolari, optou por fazer alinhar um “onze” de maior contenção, com Bruno Alves, Fernando Meira e Pepe, com o luso-brasileiro a assinalar a estreia com as quinas ao peito. Simão ficou no banco e Meira alinhou no meio-campo, fazendo companhia a Maniche e Miguel Veloso.
Entrada positiva
A Finlândia, a precisar de uma vitória para manter vivas as aspirações de qualificação, viu Portugal chegar com perigo à sua baliza logo no primeiro minuto, após remate de Ricardo Quaresma. O guarda-redes Jääskeläinen estava atento e defendeu sem problemas. Aos sete minutos, a turma da casa voltou a desperdiçar uma boa ocasião de golo, na sequência de uma incursão de Bosingwa pelo lado direito. O lateral do FC Porto efectuou o cruzamento, Nuno Gomes antecipou-se, mas o remate do avançado do Benfica saiu muito por alto.
Portugal pressiona
Aos nove minutos, os finlandeses remataram pela primeira vez à baliza, mas Ricardo travou com segurança o livre directo de Pasanen. Aos dez minutos, foi a vez de Cristiano Ronaldo responder, também de livre, com Jääskeläinen a sentir grandes dificuldades para parar o disparo do número 17 luso. Aos 18 minutos, a turma das quinas conseguiu mesmo introduzir a bola nas redes adversárias, mas o lance já tinha sido anulado por carga de Pepe sobre Jääskeläinen.
Finlândia responde
Depois de um começo dominador, Portugal começou a sentir dificuldades para ligar o seu jogo à medida que os minutos passavam. Contudo, aos 39 minutos, a turma lusa esteve novamente perto do golo, após livre de Miguel Veloso. Fernando Meira desviou de cabeça e Jääskeläinen foi forçado a efectuar uma defesa de recurso. Três minutos volvidos, os finlandeses responderam com um remate de Kolkka, que levou muito perigo à baliza de Ricardo.
À procura do golo
Depois de uma primeira parte sem golos no Estádio do Dragão, a selecção portuguesa entrou bem na etapa complementar, tendo desperdiçado duas ocasiões por intermédio de Nuno Gomes nos primeiros minutos. Aos 54 minutos, Cristiano Ronaldo arrancou pelo lado direito, foi à linha e efectuou o cruzamento. A bola sobrevoou a área da Finlândia e Maniche, em boa posição para inaugurar o marcador, atirou ao lado. Cinco minutos depois, foi a vez de Quaresma tentar a sua sorte, com um remate de "trivela", mas Jääskeläinen evitou males maiores para as suas redes, tendo cedido pontapé de canto.
Finlândia perto do golo
Aos 62 minutos, Quaresma progrediu pelo lado direito, após lançamento de Ronaldo, com o extremo a assistir Maniche na perfeição. Contudo, o remate do médio do Atlético de Madrid saiu fraco, à figura de Jääskeläinen. Luiz Felipe Scolari optou pela entrada de Raul Meireles e Makukula, para os lugares de Maniche e Nuno Gomes, e a três minutos dos 90 os finlandeses poderiam ter chegado ao golo, depois de um corte de Bruno Alves, que por pouco introduzia a bola na sua própria baliza. Contudo, a partida terminou sem golos, resultado que permite a Portugal apurar-se para o Campeonato da Europa do próximo ano, que se realiza na Áustria e Suíça.
Desde 1996 que Portugal não falha nenhuma fase final.
Luiz Felipe Scolari satisfeito
Esta qualificação tem o mesmo sabor que a do Campeonato do Mundo, pois é sempre muito importante alcançarmos um apuramento. Não esperávamos tantas dificuldades, mas temos tido muitas lesões. A verdade é que ficámos a dever um ponto ao planeado inicialmente. Pensámos somar 28, mas fizemos 27. Mas deu na mesma. Tenho de agradecer aos portuenses e a todos os adeptos que estiveram aqui, pois ajudaram a equipa a jogar bem e participaram no encontro. Defendemos a mesma camisa e é mais fácil quando fazemos pressão sobre o adversário e não o fazemos sentir como se estivesse a jogar em casa. Temos que melhorar, trabalhar e ter a equipa completa, para termos mais escolhas. Sempre soube que quem estaria hoje em campo iria defender a camisola com orgulho. Foi o que aconteceu. Não conseguimos a vitória, mas sim o resultado que precisávamos.
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