Cristiano Ronaldo: «Tenho muita força»
Artur Agostinho não conhecia Ronaldo, mas já conhecia Manchester. Em Fevereiro faz 45 anos que foi o enviado especial do Record ao jogo da 1.ª mão de uma eliminatória histórica para o Sporting. Inevitavelmente, muitas histórias saltaram do baú de recordações de Artur Agostinho. Ele conta: “O Sporting era treinado por um brasileiro chamado Gentil Cardoso, que na sua equipa tinha um preparador físico, o prof. Jair. Chegados ao hotel, de longos corredores, logo o Gentil Cardoso disparou: “Ó professô, pergunt’aí se o hotel tem táxi.” Artur lembra que Gentil Cardoso se auto-intitulava como um “fazedor de campeões”. O momento vinha a propósito. “Mas não teve muita sorte por aqui”, lembra o antigo director de Record. E a verdade é que depois da derrota em Manchester seguiu-se um empate com o Olhanense e Gentil Cardoso foi despedido. Artur Agostinho voltaria a Manchester dois anos depois. Em 1966, foi ali que a Selecção montou o seu quartel-general para o inesquecível Mundial dos magriços. Mais memórias: “Estava muito bem organizado. Tinha sido criada uma espécie de aldeia onde ficaram todos os jornalistas. E depois foi aquela linda aventura”. O nome de Eusébio dá o mote para outras tantas histórias, terminando com uma curiosa: “Fui convidado para fazer alguns minutos de relato do jogo de homenagem ao Eusébio, no Estádio da Luz, e tive a oportunidade de me despedir dele em directo no momento em que foi substituído.”
Finalmente, o encontro. No centro de estágio do Manchester United, em Carrington, as apresentações são naturalmente desnecessárias. O cumprimento é efusivo e Cristiano, depois de cumpridas as formalidades da entrega do Prémio Artur Agostinho, alegra-se com a presença de uma figura que aprendeu a admirar. “Tem 88 anos? E 70 de carreira? Eh pá, mas o senhor está um jovem”, atira Cristiano, deixando correr um diálogo sempre bem, disposto com grandes gargalhadas que ecoam pelas salas próximas de Carrington e que fazem outras estrelas do Manchester aproximar-se para matarem a curiosidade. Artur Agostinho pede licença para dar alguns conselhos a Cristiano. Este “autoriza” e ouve com atenção. Agostinho fala-lhe de Amália e de uma conversa que com ela manteve e guardou para sempre. “Dizia ela que subir a escada do triunfo não era difícil, mas depois, lá em cima, descobríamos que muitos dos que nos ajudaram a trepar esses degraus olhavam para nós e perguntavam: ‘Mas o que é que ela está ali a fazer há tanto tempo?’” Aos 23 anos, Cristiano já chegou bem alto. E a expressão que faz ao ouvir Artur Agostinho não engana. “Palavras sábias”, sublinha o jogador que, por certo, já sentiu que muito boa gente deixou de ver com bons olhos o facto de estar no patamar da fama. É mais um motivo para Ronaldo se motivar. “Eu tenho muita força. Não me deitam abaixo”, atirou à despedida.
Finalmente, o encontro. No centro de estágio do Manchester United, em Carrington, as apresentações são naturalmente desnecessárias. O cumprimento é efusivo e Cristiano, depois de cumpridas as formalidades da entrega do Prémio Artur Agostinho, alegra-se com a presença de uma figura que aprendeu a admirar. “Tem 88 anos? E 70 de carreira? Eh pá, mas o senhor está um jovem”, atira Cristiano, deixando correr um diálogo sempre bem, disposto com grandes gargalhadas que ecoam pelas salas próximas de Carrington e que fazem outras estrelas do Manchester aproximar-se para matarem a curiosidade. Artur Agostinho pede licença para dar alguns conselhos a Cristiano. Este “autoriza” e ouve com atenção. Agostinho fala-lhe de Amália e de uma conversa que com ela manteve e guardou para sempre. “Dizia ela que subir a escada do triunfo não era difícil, mas depois, lá em cima, descobríamos que muitos dos que nos ajudaram a trepar esses degraus olhavam para nós e perguntavam: ‘Mas o que é que ela está ali a fazer há tanto tempo?’” Aos 23 anos, Cristiano já chegou bem alto. E a expressão que faz ao ouvir Artur Agostinho não engana. “Palavras sábias”, sublinha o jogador que, por certo, já sentiu que muito boa gente deixou de ver com bons olhos o facto de estar no patamar da fama. É mais um motivo para Ronaldo se motivar. “Eu tenho muita força. Não me deitam abaixo”, atirou à despedida.
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