CRISTIANO RONALDO NEWS

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10.6.08

[TUDOPORTODOS]


Certamente ja ouviram falar no blog da selecção.

Nesse blog podemos acompanhar alguns dos momentos do dia a dia vividos pelos jogadores.

E uma forma muito simpatica de abrirem o mundo restrito da nossa selecção ao publico em geral e nos agradecemos.

Da nossa parte e embora o nosso blog seja apenas sobre o Cristiano Ronaldo, ele faz parte da selecção de todos nos e neste EURO 2008 queremos todos a torcer pela nossa equipa, demonstrando também por aqui a paixão pelo futebol da nossa selecção.

Todos juntos podemos acreditar que é possivel irmos longe e provavelmente vencer se continuarmos como começamos!

Força Portugal...a nação esta contigo!

Rnteam

4 Comentários:

  • Procuro em cada voz,
    um braço amigo
    em cada janela,
    uma bandeira

    Uma Nação contigo,
    de todas a mais bela
    Viriatos a força de vencer movidos,
    há em vós uma Pátria Inteira

    By Blogger António, at 1:09 AM  

  • O Povo é estúpido! Aliás, foi estupidificado. O é sistematicamente. A estupidez do Povo não é intrínseca à sua existência, como sugerem aqueles que, devido a um punhado de interesses que vão do político ao económico, passando pelo patriota, não têm coragem de admitir publicamente que a manipulação dos sentimentos, agregada à sistemática alienação imposta pelos meios de comunicação, leva o povo à estupidez. Estupidez que começa quando a capacidade de questionar, duvidar e peneirar a informação e o que o rodeia é castrada. Castrada voluntariamente pelos guardiões da cultura das massas. Não se trata apenas da televisão ou dos meios de comunicação de um modo geral, claro. Embora estes sejam os veículos mais usados, pela excelência do poder de difusão e de impacto que possuem, para se moldar a personalidade das massas. E moldam as mentalidades, criando falsas necessidades e ajustando as emoções populares aos interesses das elites políticas, económicas e intelectuais. Não haja dúvida, o futebol é mais importante do que a política e mais importante do que a saúde cultural e social do país. Afinal, não importa muito se a crise económica nos complica a vida, se o governo nos obriga a apertar o cinto ou se os jovens afundam-se em coma social. Não importa mesmo! Aliás, é até bom que assim o seja. Platão disse que “não há nada de errado com aqueles que não gostam da política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam”. O objectivo deste texto não é falar de política, embora seja impossível não tocar nela quando o tema é, em parte, político. A alienação de um povo é um assunto que não pode ser feito fora da análise sócio-política, e quando tratamos valores como o patriotismo, é necessário aprofundar aspectos mais formais para fazer o enquadramento do que se pretende.

    A análise sociológica dos fenómenos das massas é extremamente necessário, embora haja um problema residente nos sociólogos, e que é o mesmo que encontramos nos políticos e nos intelectuais; falta-lhes coragem ou honestidade intelectual para reconhecerem a estupidez do povo. Geralmente fazem ligações históricas dos aspectos culturais, e não assumem que a estupidez, enquanto fenómeno social, é um facto que deve ser abordado sem subterfúgios. Também há o problema ligado ao vínculo ideológico. Muitos sociólogos ligados às causas socialistas sentem a necessidade de protegerem o povo a todo custo, atribuindo-lhe qualidades colectivas que na realidade não são observadas nos indivíduos. Essa postura, que não é assumida apenas pela esquerda ou pelas mentes socialistas, não deixa de ser populista, e até certo ponto manipulatória. O Povo tem problemas de saúde social e estes problemas devem ser assumidos e abordados sem medo de ferir susceptibilidades. E esta abordagem deve ser feita sem esquecer que quem a faz também pode estar sujeito a ela pelo simples facto de fazer parte, de alguma forma, do que se designa como Povo. Caso contrário, há o risco de se cair no elitismo e nos falsos sentimentos de superioridade.

    Ora, o futebol como mero desporto e como actividade física, é saudável e até recomendável. Merece o mesmo respeito que todos os outros desportos. Não é minha intenção criticar esta prática desportiva em si levando em conta as suas características particulares. Enquanto desporto, o futebol está ao mesmo nível de todas as outras modalidades, inclusive as menos populares, geralmente encaradas como excêntricas. No entanto, o futebol, como indústria do espectáculo para as massas, que transcende o mero desporto e assume características de um produto final concebido para atingir o emocional das pessoas e gerar necessidades fúteis, fanatismo, consumismo e distracção, não é nada saudável. Neste sentido, a prática desportiva agrava algumas doenças sociais durante os períodos de grandes competições nacionais ou internacionais, transformado-se em pão-e-circo. Ocupa muitas páginas de jornais diariamente (sem esquecer que existem jornais que só falam de futebol). Os canais televisivos lamentam o pouco tempo que têm para os programas de interacção com o público (como aqueles onde é possível telefonar e participar, dando a opinião sobres diversos temas sérios abordados todos os dias), enquanto gastam metade dos seus telejornais falando sobre futebol e criam programas desportivos que não falam de outro desporto a não ser de futebol. Dizem que estão apenas atendendo à vontade do público. Cínicos, não? Moldam as mentalidades, alienam as pessoas, e depois dizem que estão apenas satisfazendo vontades. Satisfazer vontades é uma postura muito lucrativa, diga-se de passagem. Eis o carácter populista da comunicação social. Ou será que o populismo só existe na esfera política?


    “Pão-e-circo aos idiotas, e também aos poliglotas
    Lambe-botas, patriotas e muitos outros otas
    Já ninguém se lembra de um problema social
    Jingoísmo é o colírio de concórdia nacional”

    Mas como já disse, não é apenas a comunicação social a responsável por tudo isso. Ela é o veículo, mas os autores de todo este cenário não são apenas aqueles que aparentemente controlam os conteúdos dos média. A classe política contribui e muito, assim como a classe intelectual. Estas duas classes, motivadas por interesses comuns de manutenção de suas posições privilegiadas na sociedade, não poupam esforços no sentido de tornarem o Povo o mais estúpido possível. Politicamente isso é óptimo. Nas sociedades onde a tal “democracia representativa” impera absoluta, a estupidez do Povo é um aspecto positivo para as classes dominantes, apesar de fingirem que se preocupam com a participação política das pessoas. A única preocupação dessas elites é garantir que as eleições sirvam para os perpetuar no poder. Neste tipo de “democracia” (com aspas mesmo), as eleições não são um aspecto muito democrático. Servem, sobretudo, para manter o mais do mesmo. Não servem para dar poder ao Povo ou para garantir a “representatividade” no exercício político. Isso é balela. O que chamam de “representatividade”, não é mais do que autoritarismo assim que se sentem legitimados pelas eleições. As classes dominantes se auto-governam, e não estão preocupadas em atender as necessidades do Povo. Pelo contrário, impõem ao Povo falsas necessidades que “coincidem” com os seus próprios interesses. Ainda mais quando assistimos ao fenómeno neo-liberal da privatização do poder. Isto é, da transferência do poder político da política para os negócios. Cada vez mais somos governados por corporações privadas, mega-empresas, banqueiros e investidores. E a comunicação social pertence a eles. São eles que mexem os cordelinhos nos bastidores das decisões políticas e das escolhas das programações e conteúdos (des)informativos. E além disso, também adoram a estupidez do Povo. Garantem o consumismo cego que lhes enriquece. A poluição visual da publicidade que somos obrigados a ver nas ruas, nos transportes, nas casas-de-banho públicas, nos jornais, nas televisões e, claro, nos eventos desportivos, é mais uma acção muito bem estudada para retirar dividendos (culturais e económicos) da estupidez do Povo. Ainda mais em tempos de eventos desportivos jingoístas e mediáticos, como o Euro e a Copa do Mundo. A publicidade nossa de cada dia se torna patriota, assume as cores nacionais e afirma apoiar e patrocinar os tais “heróis” nacionais, aqueles mercenários que correm atrás de uma bola em relvas sintéticas, que vivem no estrangeiro cercados pelo luxo que salários absurdos compram e que pouco se lixam para o país. Passam a “carreira” a venderem o corpo e a imagem para propagandas publicitárias, geralmente destinadas aos jovens, para estes babarem pelos produtos que aqueles “heróis” exibem, sonhando em serem como eles, mesmo que tais “heróis” sejam analfabetos funcionais, ou analfaburros, e nunca tenham lido um livro na vida. São pessoas “cool” para a mentalidade da juventude alienada que segue as propagandas do consumismo histericamente, sem questionarem nada, sem entenderem nada do mundo que os rodeia. Vivem para a estupidez de uma existência fútil, sem valores e sem responsabilidades.
    Os jogadores de futebol são seres interessantes. Referem-se a eles próprios na 1ª pessoa do plural e são tratados como grandes astros, recebendo milhões para correrem atrás de uma bola. Não fazem mais esforços do que os atletas de outras vertentes desportivas, mas ganham mais porque cumprem o importante papel de serem os autores do teatrinho-mór todo. Enchem-se de patriotismo mas não assumem uma única postura na sociedade, a não ser aquelas “fundações” que arrecadam fundos para crianças necessitadas de países pobres. Com o dinheiro que recebem devem ficar com o peso na consciência e praticarem as suas caridades. Caridades que são moda dentre os ricos e os vips. É mais uma jogada de marketing pessoal do que bondade. É mais egocentrismo do que filantropia. Mas de resto, são socialmente inúteis. A mentalidade de um jogador de futebol está moldada de forma a não serem pessoas críticas. Um jogador de futebol não precisa pensar, é até contra-producente que o faça. Recentemente houve uma polémica envolvendo imigrantes brasileiros em Espanha e Portugal. Muitos jogadores brasileiros actuam em clubes dos dois países, e nenhum teve a decência de dizer uma única palavra em apoio aos imigrantes brasileiros, os mesmos imigrantes que ajudam a sustentar todo o circo do futebol e do jingoísmo verde-e-amarelo. Provavelmente nem souberam do ocorrido. As vedetas do futebol devem agir como espectadores da vida social, como robôs. Estão pouco se lixando para os problemas das populações de seus países. Estão é preocupados com suas colecções de carros de topo de gama e com seus cortes de cabelo. O facto de Cristiano Ronaldo ter ganho 24 milhões de euros num único ano devido aos seus contratos publicitários é motivo de orgulho para os seus fás. Ora, a forma como este dinheiro foi ganho não é diferente da prostituição. Vende o corpo e a imagem, a diferença é que não é para as frustrações sexuais de homens desesperados, é para a propaganda apelativa das grandes miltinacionais. Dá no mesmo! O mais triste é ver o povo idolatrando a injustiça. 24 milhões de euros para aparecer em um punhado de campanhas publicitárias! Depois estes imbecis acham-se os maiorais e criam suas fundações de caridade para satisfazerem seus próprios egos. Para quem ganha tanto dinheito fazendo algo socialmente inútil, dar esmolas deve ser um passatempo divertido. E os jingoístas aplaudem a pretensa bondade das prostitutas da indústria do futebol. Um futebolista é socialmente inútil, mas muito útil para o espectáculo de pão-e-circo. Tão importantes que verbas públicas são destinadas para fortalecer as infra-estruturas da indústria futebolística, sem nenhum retorno. Nenhum! A não ser o emocional e lúdico, para os amantes de tal indústria. Até hoje os portugueses estão à espera do retorno financeiro que os responsáveis pelo Euro 2004 prometeram.
    Como afirmou o geógrafo brasileiro Milton Santos, “o consumismo é o grande fundamentalismo”. E o futebol cumpre este papel também. É um produto para consumo intelectual e mesmo material. Cercar o futebol com publicidade apelativa e utilizar os sentimentos patrioteiros para vender produtos é uma prática perversa. No entanto, foi tão impingida e banalizada que provavelmente muitos irão dizer que perverso é posicionar-se contra ela. Os liberais, então, dirão que, além de perverso, posicionar-se contra a manipulação dos sentimentos do Povo é um atentado à liberdade individual. Segundo eles os agentes económicos devem ter toda a liberdade para manipularem o Povo com sua gigantesca indústria de propaganda. Indústria esta que surgiu como indústria da guerra aquando da Primeira Guerra Mundial, e transformou-se em indústria do espectáculo devido ao enorme sucesso que teve em transformar uma população estadunidense maioritariamente pacífica em hordas de fanáticos guerreiros anti-germânicos. Este mecanismo de manipulação teorizado pelo jornalista Walter Lippman é o mesmo hoje, muito mais sofisticado e convertido para fomentar o consumismo e os eventos desportivo-jingoístas. Mas os liberais, ou os neo-liberais, são pessoas que transferem a mentalidade contabilística para todos os aspectos da vida. Acham que a publicidade é um bom aspecto do livre mercado, e que o capitalismo não é culpado pela estupidez, ele apenas oferece um leque de opções, cabendo ao Povo fazer sua escolha livremente. Não admitem que as escolhas são condicionadas pela própria manipulação que resulta da publicidade. Mas não poderia ser diferente quando o modelo neo-liberal concebe a Economia de forma totalitária. A Economia e a Informação são os dois grandes totalitarismos dos nossos tempos.

    O espectáculo futebolístico é um fenómeno imposto de cima para baixo, ao contrário do que fazem parecer. Quase a totalidade dos jornalistas e das classes intelectuais dizem que o futebol é um fenómeno criado pelas massas, de forma espontânea, livre e saudável. Ora, quando um país gasta milhões de euros construindo 10 estádios de futebol, como aconteceu para a realização do Euro 2004 em Portugal, alguém realmente acha que se trata de uma resposta às necessidades lúdicas do Povo? Além de ser totalmente populista, é corrupta e beneficia, directamente, apenas aos interesses ligados ao mundo da indústria do futebol e aos negócios privados. Interesses que não são dos mais claros, como todos devem saber. O Governo também tira seus dividendos, basta lembrar todo o cenário caótico que a classe política criou exactamente durante o Euro 2004, com o Primeiro-Ministro, Durão Barroso, anunciando que abandonaria o governo para ir chefiar a Comissão Europeia em Bruxelas, em nome do bem do país, como ele disse. Ganhar um salário chorudo de mais de 20 mil euros por mês é uma demonstração de preocupação nacional. E a minha mãe é virgem! Tal anúncio foi feito sem receptores. Estavam todos preocupados apenas com o desempenho da selecção portuguesa. Queriam lá saber se um Primeiro-Ministro qualquer iria abandonar o país criando um caos político que durou vários meses? Claro que não! Numa “democracia representativa” as mentalidades estão moldadas de forma que a política seja um interesse de políticos profissionais, não do Povo. O futebol é que interessa. Aliás, a festa é que interessa. O festejo do nada. Os portugueses começaram a copiar a mentalidade das celebrações fúteis brasileiras. Contrataram um treinador brasileiro, naturalizaram alguns jogadores, e aproveitaram para incorporarem os aspectos mais estúpidos da cultura brasileira. O treinador brasileiro da selecção portuguesa, Luís Filipe Scolari, lembrou-se de dizer aos portugueses que no Brasil, em época de Copa do Mundo, os brasileiros enchem as janelas e ruas com bandeiras nacionais. Ora, a ideia foi um sucesso em Portugal. Mais do que no Brasil. Durante o Euro 2004 foi preciso o Scolari ter a ideia e o professor Marcelo Rebelo de Sousa a endossar. Pronto! Lá estava o Povo, pronto para atender ao pedido como se fosse uma ordem patriota inviolável. Este mesmo professor aconselhou o Povo a manter as bandeirolas até ao Mundial de 2006, o que foi prontamente atendido por muitos (muitas haviam sido postas invertidas e continuaram assim por dois anos, sob chuva e sob sol). No Euro 2008 não foi preciso ninguém pedir. Foi uma acção automática. As bandeirolas começaram a brotar nas janelas com a proximidade do evento. Confesso que uma bandeira nunca foi tão labrega como agora. É quase certo; cada bandeira no alto dos prédios representa a labreguice de seus donos. Cada bandeira nas janelas representa uma pessoa sem personalidade. Deu-me muita vontade de pôr uma bandeira da Grécia na minha janela, só para provocar. Não tinha nenhuma, mas se tivesse, certamente colocaria. A partir do Euro 2004 as bandeiras portuguesas passaram a representar, para mim, um símbolo da estupidez e da alienação.
    Durante o Euro, uma brasileira, ao ser entrevistada na televisão no meio das hordas de fanáticos jingoístas portugueses, afirmou que “é bom que os portugueses tenham esse sentimento nacionalista como têm os brasileiros”. Ora, esta moça sequer deve saber o que é o Nacionalismo e o que esta ideologia representou para o mundo durante o século XX. No entanto, ela se referia a algo que nada tem a ver com nacionalismo. Ela se referia ao jingoísmo festeiro e mediático. Esta moça não deve fazer absolutamente nada para melhorar o país onde nasceu ou o país onde vive, apesar de achar “o máximo” desfilar com as cores de uma bandeira nacional. No Brasil, a tal “pátria de chuteiras” aparece a cada 4 anos, durante a Copa do Mundo, quando hordas de fanáticos são reforçadas por outras hordas compostas pelo que se designa por maria-vai-com-as-outras, ou seja, geralmente mulheres, sem personalidade nenhuma, que apenas agem para agradarem aos outros, ou para seguirem o comportamente da maioria. São milhares de pessoas dispostas a terem os comportamentos mais ridículos em nome de um punhado de jogadores de futebol que vivem muito longe da realidade deles, mas que no dia-a-dia não estão dispostos a um mínimo esforço para ajudarem a melhorar a realidade onde vivem, preocupando-se apenas com os respectivos umbigos. Este é o patriotismo que vemos durante estes jogos de futebol. E agora eu pergunto: Mas isso é bom, ou é ruim? Depende! Como já disse, a estupidez do Povo interessa às diversas formas de poder existentes na sociedade. Para eles é óptimo. Para o próprio povo, alienado, manipulado e sem personalidade, também é óptimo. Sentem-se incluídos socialmente, sentem que fazem parte de um grupo que partilha o mesmo sentimento, mesmo que este sentimento seja efémero. Esquecem os problemas sociais...Mas peraí! Desde quando as pessoas estão preocupadas com os problemas sociais quando estes não lhes afectam?
    Para a evolução da inteligência, da racionalidade, da cultura e da ética, certamente não é nada bom. Para a cidadania também não, apesar dos políticos se divertirem enquanto dizem que este jingoísmo é saudável e reflecte positivamente no bem estar do país. Mentira! Reflecte no bem estar deles. Transmite-lhes segurança em suas posições sangue-sugas. Adoram que o Povo festeje sua própria estupidez e esqueça que são explorados e controlados por um punhado de parasitas. O futebol é também um instrumento político.

    No entanto, este patriotismo alienante é bem melhor do que as configurações mais sérias de patriotismo, que desembocam no nacionalismo que a extrema-direita tenta fazer acordar. Para quem sabe o que é o nacionalismo, não é preciso uma palavra mais sobre esta comparação entre ele e o jingoísmo festeiro das multidões. Em Portugal está na moda ser patriota de boutique. O verde e vermelho são cores na moda. E como toda a moda, resulta da propaganda e da manipulação. É a uniformização das mentalidades. Aliás, o “Povo” não é mais que isso; designa um grupo extenso de seres humanos robotizados com suas mentalidades enquadradas num tipo de cultura pobre, criando uma postura intelectual, social e cultural que favoreça os interesses das classes educadas que detêm as diversas configurações de poder da sociedade. Então, que o patriotismo sirva para o consumismo, favorecendo os empresários e as empresas. Que sirva para a manutenção do poder central favorecendo os políticos. Que sirva para alguma coisa, menos para o próprio Povo e seu bem estar. Este, realmente pode ter seus momentos de alegria fútil durante os jogos de futebol, mas nada mais que isso. A importância do futebol na sociedade depende dos dividendos que atribui ao Poder como um todo. Enquanto os empresários retirarem seus lucros, enquanto os políticos distraírem as pessoas e enquanto a sociedade mantiver os “brandos costumes”, o futebol como evento desportivo-patriótico continuará sendo um aspecto intocável da cultura das massas. Será mais importante do que a política e mais importante do que a saúde social e cultural. Nenhum sentimento perigoso, como a solidariedade, a fraternidade e a justiça social irá brotar destas mentalidades de fanáticos e chauvinistas. Nenhum destes patriotas estará disposto a mover uma vírgula de sua vida para ajudar a apagar os incêndios no Verão, ou para oferecer um momento de companhia aos sem-abrigo que vivem na rua. O patriotismo é semelhante à vassalagem. Parte de baixo para cima, mas imposto de cima para baixo. Parte do Povo para favorecer, sempre, os privilegiados. Quando muito, favorece um Povo contra outro, o que é ainda mais lamentável.
    O futebol é popular porque a estupidez é popular. O patriotismo, um sentimento deplorável por excelência, torna-se em tempos de alienação futebolística uma expressão labrega de chauvinismo e hipocrisia.

    By Anonymous Anonyme, at 1:05 PM  

  • ADORMECI QUASE A LER O COMMENTARIO DO JULLIANO... LOL
    ACHO KE COMPARAR POLITICA E FOOTBALL, E DIZER QUE FOOTBALL E ESTUPIDO... ISSO é UMA FORMA DE ESTUPIDEZ...
    MAS NAO VOU FAZER PSYCHOLOGIA... PORKE ESSE SITE NAO E PARA ISSO MAS PARA APOIAR MEU CHOUCHOU CRISTIANO... E A NOSSA SELECAO... PARA NO DAR AINDA MAIS ORGULHO... E NOS FAZER VIBRAR AINDA MAIS...
    FORCA PORTUGAL
    FORCA!!
    BEIJOSSS

    By Blogger sandra, at 10:59 AM  

  • Ola Juliano,
    Compreendo a tua preocupação socio-cultural, psicologica e afins da sociedade na qual infelizmente te integras.
    Espero sobretudo que sejas daquelas que nao se limita a divagar em filosofias, mas que pelo contrario é um exemplo activo e proactivo na sociedade para que possas ser pelo menos um a contribuir para evoluir a mentalidade do dito "povo" estupido (pois é a isso que se resume o teu comentario).
    Mas como muito bem diz a sandra, este blog nao foi criado para esse efeito.
    Problemas politicos, sociais e humanos entre muitos outros existirão sempre e para isso tens todo um mundo alternativo na internet, na televisao, nos livros e sobretudo nucleos nos quais concerteza de enquadraras melhor do que aqui neste simples blog, que mais nao pretende ser uma simples demonstração de apoio a um jogador e sem fins politicos.
    Sim o mundo esta cheio de problemas, sim existem desigualdades sociais, sim a muita coisa errada na sociedade, mas também sim a momentos em que possas esquecer que nem tudo são desagraças. A bandeira, um clube,uma selecção pode contribuir para o orgulho de uma nação e com isso, eventualmente contribuir para alguma motivação e para podermos pensar que com vontade, perseverança e sobretudo proactividade, poderemos chegar a algum lado!
    Não olhes exclusivamente para o lado negro das coisas, mas sim para o seu lado postivo, pois em dias de tempestade, por detras daquelas nuvens, o sol continua la e a vida é mesmo assim. Tudo muda com o teu olhar.
    A esperança é a ultima a morrer...
    Relembro-te ainda que se olhares para o mundo, nos paises mais pobres, os pequenos momentos de lazer, tais como brincar nem que seja com uma bola de pano ajuda a sorrir!
    E olha que eles encotram-se concerteza em ~pior situaçao!
    E tu estas a precisar de sorrir :-)

    Não nos leves a mal, mas agradeçemos que evitem este tipo de comentarios...

    Obrigado

    Sonia Ribeiro
    RNteam

    By Blogger Ronaldonews_team, at 8:49 PM  

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