Manchester United Campeão Europeu

O Manchester United é campeão europeu pela terceira vez, depois de ter vencido o Chelsea no desempate por grandes penalidades (6-5), após um empate a uma bola ao fim de 120 minutos.
Glória para Nani e Cristiano Ronaldo, que terminou o jogo a chorar de felicidade, embora as lágrimas pudessem ter sido bem mais tristes. O número 7 marcou o golo da sua equipa mas depois falhou uma das grandes penalidades.
Com Hargreaves e Ronaldo nas alas e Tevez e Rooney na frente, o Man Utd foi, a pouco e pouco, assumindo o domínio da partida. Mesmo sem entrar em grandes aventuras, os «red devils» conseguiram chegar ao golo aos 26 minutos, por Cristiano Ronaldo. Brown e Scholes combinaram bem na direita e o defesa cruzou para a área. Ainda na bola ia no ar e já se adivinhava o desfecho da jogada: Ronaldo saltou mais alto do que Essien e fez, de cabeça, o primeiro golo do jogo.
O Chelsea, com Ricardo Carvalho no «onze» e Essien a lateral direito, respondeu aos 34 minutos. Drogba tocou de cabeça para a área e Ferdinand, muito pressionado por Ballack, acabou por desviar para a própria baliza, obrigando Van der Sar a defesa apertada.
Na jogada seguinte, em contra-ataque, o Manchester United esteve perto de aumentar a vantagem. Rooney desmarcou Ronaldo na esquerda e o português cruzou para a área, onde surgiu Tevez a desviar de cabeça. Cech defendeu o remate do argentino e ainda um pontapé de Carrick, na recarga, evitando assim, em duas ocasiões, novo golo dos «red devils».
Desperdiçadas estas oportunidades parecia que o intervalo ia chegar com apenas um golo no marcador, mas perto do minuto 45 o Chelsea conseguiu a igualdade, num lance muito afortunado. Essien rematou de longe, a bola tabelou nas pernas de Vidic e nas costas de Ferdinand, sobrando caprichosamente para Lampard dentro da área, aproveitando o médio para marcar.
Domínio azul
Se a primeira parte tinha sido dominada pelo Manchester United, no segundo tempo foi o Chelsea quem criou mais perigo. Os «blues» passaram a pressionar muito mais alto, muito por força da acção de Essien, que descobriu que a melhor forma de anular Ronaldo era obrigá-lo a fazer trabalho defensivo.
Ainda assim, e pese embora o domínio no segundo tempo, o Chelsea só teve uma soberana oportunidade de golo. Estavam cumpridos 78 minutos quando Drogba ganhou espaço à entrada da área e rematou em arco, com a bola a bater no poste.
À medida que o cansaço ia aumentando começavam a surgir algumas quezílias entre os jogadores, que fizeram com que o jogo perdesse algum interesse. Os técnicos já esperavam pelo prolongamento e por isso a primeira substituição só surgiu aos 87 minutos. Giggs rendeu Scholes e tornou-se o jogador com mais vezes vestiu a camisola do Manchester United (759 presenças).
A escorregadela de Terry evitou outras lágrimas de Ronaldo
As expectativas dos treinadores confirmaram-se e o encontro foi para tempo extra, com uma grande oportunidade para cada lado logo na primeira parte. Aos 94 minutos Ballack atirou à barra e seis minutos depois é Terry quem evita um golo que parecia certo, de Giggs, depois de Evra ter entrado na área pela esquerda e ter cruzado atrasado. Cech estava batido.
O segundo tempo do prolongamento, já com Nani em campo (tinha entrado aos 102m) não foi tão interessante. A principal nota de destaque foi uma confusão entre jogadores, que motivou a expulsão de Drogba (115m). Tudo por causa do «fair play». Tevez, em vez de devolver a bola dentro do terreno de jogo, decidiu atirar para fora e pedir aos colegas que pressionassem a zona do lançamento. Os jogadores do Chelsea não gostaram, embora pouco antes tivessem feito o mesmo.
A expulsão não teve grandes consequências e o troféu foi decidido nos 11 metros. Ronaldo, herói em tantas ocasiões, falhou, mas Terry escorregou no quinto penalty e perdeu a hipótese de levantar a taça. Na sétima série Anelka permitiu a defesa de Van der Sar e o Manchester United conquistou o terceiro título europeu.

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